sábado, 1 de novembro de 2014

O processo de individuação



"As pessoas vivem apenas em um ou dois andares de um grande edifício de apartamentos que é a nossa mente, esquecendo o resto", observou Jung. O processo de individuação nos põe em contato com o "resto". Nosso "eu" consciente não é a psique total. Existe um fundo inconsciente que opera subliminarmente, mesmo que não seja percebido. Ter acesso a esses elementos subjacentes e torná-los conscientes amplia e aprofunda nossa experiência de nós mesmos e da vida. O inconsciente pode ser guia, amigo e conselheiro do consciente. Ele fala conosco na linguagem dos símbolos, geralmente na forma de sonhos.



Interiorizar significa procurar os sinais e símbolos que o inconsciente sonha e deixa disponíveis natural e espontaneamente. Analisar, interpretar e sintetizar esses símbolos em nosso ser é tarefa de nosso self consciente. O mundo do inconsciente é essencialmente ambivalente, com aspectos negativos e positivos em todos os seus níveis o que dificulta a sua compreensão. Muitas vezes ele começa a se fazer sentir por meio de um estado negativo, como o tédio ou a estagnação na vida, ou de um golpe para o ego, uma lesão da personalidade.

Na primeira camada encontramos no inconsciente o que Jung chamou de sombra, geralmente partes de nós de que não gostamos, que não conhecemos ou não queremos conhecer. Para Jung "reconhecer a sombra é o que chamo de aprendizado. Mas decifrar a anima é uma obra-prima que poucos conseguem realizar.

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